Democracia sul-coreana está em seu 'momento mais crítico', afirma líder da oposição

  • 06/12/2024
(Foto: Reprodução)
Lee Jae-myung acredita que o país continua vulnerável a uma "nova tentativa de lei marcial". O partido dele, principal força de oposição ao presidente, pediu a seus 170 deputados que acampem no plenário até a votação do impeachment neste sábado (7). Lee Jae-myung JUNG YEON-JE / AFP A democracia da Coreia do Sul está em seu "momento mais crítico", com a votação iminente do processo de impeachment do presidente e o risco de que ele tente declarar lei marcial novamente, afirmou o líder da oposição Lee Jae-myung à agência de notícias AFP. "Com a votação de impeachment programada para amanhã, as horas que antecedem o processo são extremamente delicadas", disse Lee, antes de acrescentar que "esta noite será o momento mais crítico" e que os legisladores planejam permanecer no Parlamento até o fim da votação. A votação está programada para este sábado (7), às 19h do horário local - 7h de Brasília -, quase quatro dias após o presidente Yoon Suk Yeol decretar a lei marcial, medida que chocou os sul-coreanos e a comunidade internacional. Seis horas após o anúncio, o chefe de Estado recuou, sob pressão da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, e das ruas. Lee Jae-myung, no entanto, acredita que o país continua vulnerável a uma "nova tentativa de lei marcial". "As pessoas podem acreditar que o Exército e a polícia hesitariam em apoiar uma segunda tentativa, mas Yoon poderia aproveitar brechas legais para tentar novamente", afirmou o líder da oposição. Além do fechamento da instituição, a lei implicava a suspensão da vida política e o controle militar dos meios de comunicação. Foi a primeira declaração de lei marcial no país em mais de 40 anos, desde que foi ativada em 1980 após o golpe militar de 1979. O ministro interino da Defesa afirma que tal cenário não acontecerá. O Partido Democrata de Lee, principal força de oposição ao Partido do Poder Popular (PPP) de Yoon, pediu a seus 170 deputados que acampem no plenário até a votação de sábado para evitar a repetição dos eventos da noite de terça-feira. "Vamos acabar juntos com esta situação lamentável", disse Lee ao presidente, a quem fez um apelo de renúncia. "A cada minuto que permanece no cargo, sua culpa e responsabilidade aumentam", afirmou. A oposição precisará do apoio de apenas oito integrantes do partido do presidente no sábado para alcançar a maioria de dois terços, ou seja, os 200 votos necessários para aprovar a moção.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/06/a-democracia-sul-coreana-esta-em-seu-momento-mais-critico-afirma-lider-da-oposicao.ghtml


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