Bahamas rejeita proposta de Trump para acolher migrantes deportados
05/12/2024
Segundo comunicado do gabinete do primeiro-ministro, equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos fez proposta para que o país aceitasse voos de deportação. Trump
Reuters/Jonathan Drake/File Photo
O governo de Bahamas disse, nesta quinta-feira (5), que rejeitou uma proposta da administração de Donald Trump, que assumirá o poder nos Estados Unidos em breve, para receber migrantes deportados.
O gabinete do primeiro-ministro Philip Davis informou em comunicado que recusou "uma proposta da equipe de transição de Trump nos Estados Unidos para que as Bahamas aceitassem voos de deportação de migrantes de outros países" e afirmou:
"Desde a rejeição dessa proposta pelo primeiro-ministro, não houve mais envolvimento ou discussões com a equipe de transição de Trump".
Trump prometeu declarar estado de emergência nos Estados Unidos e recorrer ao Exército para concretizar uma deportação em massa de migrantes assim que assumir o cargo, em 20 de janeiro.
O republicano, que chama a entrada de migrantes sem visto pela fronteira com o México de "invasão", afirmou que esta será "a maior operação de deportação na história dos Estados Unidos".
Um dia antes do comunicado divulgado pelas Bahamas, o governo do México informou que está preparando um plano para as possíveis deportações em massa de migrantes mexicanos que podem ser ordenadas por Trump.
"Estamos trabalhando para levar em consideração todos os cenários possíveis e há um plano intersecretarial que será anunciado, no momento oportuno, pela presidente", disse o ministro mexicano das Relações Exteriores, Juan Ramón de la Fuente, ao canal Televisa depois de uma reunião com a chefe de Estado, Claudia Sheinbaum, no palácio presidencial.
Autoridades mexicanas prenderam mais de 5.200 imigrantes na terça-feira (3), em uma grande operação em todo o país para impedir a chegada deles na fronteira com os Estados Unidos.
O governo do México vem sofrendo pressões dos Estados Unidos para evitar que imigrantes e drogas sintéticas, como o fentanil, atravessem a fronteira entre os dois países. Trump chegou a ameaçar de aumentar taxas contra o México caso o país não adotasse medidas para combater o tráfico de drogas e imigração ilegal.
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